26 de junho de 2019

O contacto com a natureza e viver fora da zona de conforto



Apesar de ter sempre vivido numa aldeia, foi bastante tarde que comecei a apreciar verdadeiramente os tesouros naturais que tinha à minha volta, talvez porque esse gosto pela natureza não estivesse muito presente na minha família ou porque vivíamos no meio daquilo tudo e por isso não o valorizávamos. A verdade é que fazia muitos passeios à beira rio com a minha avó e pouco a pouco o verde da paisagem, o som da água no rio e o canto dos passarinhos começaram a provocar-me curiosidade e a estar mais interessada no meio que me rodeava e preocupada com a indiferença das pessoas que me eram próximas por aquilo tudo.

Decidi no 8º ano que iria ser bióloga e nem sabia bem o que fazia uma bióloga, mas parecia-me que iria passar muito tempo no campo… Só no 10º ano acampei pela primeira vez no Covão d’Ametade, com o Clube de Ecologia da minha escola e isso só foi possível porque tínhamos professores fantásticos que se importavam com as nossas vivências muito além do ambiente escolar.

Essa experiência marcou-me muito: lembro-me de vermos o céu estrelado como nunca tínhamos visto antes, de explorarmos os trilhos da Serra da Estrela, do espírito de grupo durante a manutenção do acampamento (nós cozinhávamos, lavávamos a louça e arrumávamos tudo), de cantarmos muito, e tantas coisas que marcaram a minha memória e quem sou. Depois disso, já acampei dezenas de vezes (em parques de campismo, em festivais de música, campismo selvagem) e é uma ótima forma de fazer férias. Porque tive estas memórias tão boas quis trazer esse conceito para as férias com a Maria Explica. Criámos um programa de duas semanas de férias, em que durante a segunda semana vamos estar autónomos, vamos cozinhar, vamos manter arrumado e limpo o nosso campismo, vamos divertir-nos muito, mas também planear as nossas refeições, ir à horta e colher os vegetais que vamos comer naquele dia, separar os restos de cascas e dar à vizinha que tem galinhas ou fazer compostagem, aprender a reduzir o desperdício e aproveitar tudo o que possamos. Queremos que durante uma semana saibamos que somos capazes de conciliar a diversão de umas boas férias com o facto de podermos ser responsáveis e respeitar o sítio onde moramos. Provavelmente haverá frustrações, mas na altura resolvem-se com paciência, amor e regras.

Por isso, convidamos-te a vires passar as melhores semanas deste verão connosco. De que estás à espera? Inscreve-te nesta semana e vem ajudar-nos a torná-la a melhor!

Programa: aqui
Ficha de inscrição: aqui 

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22 de maio de 2019

Já sou Zoomer e quero levar o desenvolvimento pessoal a todas as escolas do país


Hoje quem vos fala deste lado é a Maria João, a fundadora e coordenadora da Maria Explica. O meu percurso nestas lides do ensino começou por acaso e graças à minha prima que me pediu ajuda a Física e Química, corria o ano de 2012. A partir daí entusiasmei-me com o trabalho com adolescentes e confesso que não me canso de conhecer pessoas interessantes com energia para dar e vender e curiosidade que nunca mais acaba. No entanto, com o passar do tempo senti que tinha estagnado, que eu é que já não estava à altura dos desafios que me iam surgindo, e por isso, desde o início de 2019 que me propus a sair da minha zona de conforto, para poder evoluir e trazer para a Maria Explica ferramentas que nos permitam ajudar mais jovens e da melhor forma possível. Ora, com este espírito aberto começam logo a surgir oportunidades e é preciso selecionar quais as que vamos agarrar, quais é que são adequadas às nossas intenções... E a minha grande intenção, o meu grande propósito é ajudar adolescentes a pensar fora da caixa, a olhar para esta fase da vida como algo fascinante, a não terem medo dos desafios e acima de tudo a questionarem, a questionarem tudo. Por isso, quando surgiu a oportunidade de fazer uma formação com a ZOOMTalentos, e ser uma Zoomer, levar o desenvolvimento pessoal a todas as escolas do país decidir ir.

Parte 1 - a Descoberta da ZOOMTalentos e como aprendi a dar abraços

Quem me conhece sabe que sou cética, que não me entrego logo de cabeça e que raramente partilho emoções ou me torno íntima - nem sequer gosto de dar beijinhos ou abraços. O que estava prestes a acontecer era magia (como elas diziam nos e-mails) e eu não fazia ideia, nem acreditava muito nisso. Pus-me a caminho desta viagem pelo mundo, até chegar a Guimarães, perdida, sem saber com o que contar - apenas sabia a hora e o local onde tinha que estar. Outro detalhe sobre mim: fico cheia de comichões no cérebro quando perco o controlo – imaginem, por isso, como estavam os meus nervos. Mas acima de tudo, o que precisam saber sobre mim é que, apesar destas peculiaridades todas, tenho o espírito aberto e adoro evoluir. Por isso, fui parar ao sítio certo! Não vou entrar em detalhes sobre esta formação, mas posso partilhar como acabei: depois de alguns muros derrubados e algumas capas terem caído (ainda há tanto trabalho a fazer) fiquei totalmente rendida e a querer pôr em prática tudo. Evolui, cresci, aprendi a dar abraços (coração com coração), a confiar e partilhei tudo isto com um grupo de pessoas que espero que passem a fazer parte da minha vida, porque realmente eles viram um lado de mim que talvez mais ninguém tenha visto.

Voltei energizada e com uma caixa de ferramentas para desenvolver.

Parte 2 - o próximo passo: Levar o Desenvolvimento Pessoal a todas as escolas do país (e do mundo)

Podem e devem conhecer mais sobre a ZOOMTalentos, consultando o seu website. A ZOOM faz formação em sala (FLASH) com turmas do 9º ano e secundário, essa formação é transformadora, promove o desenvolvimento pessoal e a coesão das turmas. Eu, que experienciei o que os alunos irão experienciar, não consigo parar de pensar como estas sessões poderão ter um impacto hiper-positivo nos jovens com quem trabalho e em como quero começar imediatamente a trabalhar nisto.

Como? Se és aluno do 9º ano ou do secundário, professor ou pai/mãe podes contactar a ZOOMTalentos (mail@zoomtalentos.com) e sugerir uma formação para a turma em questão. A partir daí recebes todas as informações, marca-se uma data. Nós recolhemos informações sobre a turma e preparamos tudo. No dia do "FLASH" os alunos só têm que comparecer e participar numa atividade que lhes vai abrir a mente.

O "FLASH" é só um dos formatos existentes, existem outros formatos tanto para alunos como para professores.

Se queres saber mais, podes contactar diretamente a ZOOM ou podes contactar-me através dos contactos da Maria Explica e eu estabeleço a ponte entre ti e a ZOOMTalentos.

Vamos mudar o mundo, uma turma de cada vez!

27 de fevereiro de 2019

Ano Centenário de Shopia de Mello Breyner

"No Centenário do seu nascimento, comemorar Sophia é comemorá-la, lembrá-la em comum. E é celebrar essa funda e desassombrada exaltação da vida, essa aguda e universal consciência do mundo de que a sua poesia dá testemunho para sempre" http://centenariodesophia.com/manifesto/

A Comissão das Comemorações do Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, sediada no Centro Nacional de Cultura, na qual ela esteve tão ligada, propõe um programa vivo e vasto, ambicioso e atualizado de Sophia. 
Este programa é tributo e homenagem, de uma personalidade única, de uma vida intensa e de uma obra excecional.
       
         1919-2004
Fonte: https://www.google.pt/search?q=sophia+de+mello

"Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis. Além da literatura infantil, Sophia escreveu também contos, artigos, ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses".
É autora de vários livros e poemas, como exemplo, "A fada Oriana", "A menina do Mar", "O Cavaleiro da Dinamarca", "Obra Poética", entre outros.

Quem leu o livro "Histórias da Terra e do Mar", de Sophia de Mello Breyner Andresen, terá, certamente, na memória o conto Saga. Nele narra-se a viagem do jovem Hans que, atraído pelo mar, embarca num veleiro contra a vontade do pai. Das águas gélidas do Norte da Europa parte rumo ao Sul e a cidade onde desembarca, de "respiração rouca", "colorido intenso e sombrio" Sophia nunca diz o nome, mas adivinha-se pela descrição é o Porto. Hans virá a tornar-se um importante homem de negócios e comprará "uma quinta que do alto de uma pequena colina descia até ao cais de saída da Barra", escreve Sophia.

Aqui podemos ver a ficção muito próxima da realidade...

A quinta que a autora descreve é a mesma onde durante a infância tantas vezes brincou livremente, ela e o primo, o escritor Ruben A., e a que ambos aludem com frequência nas suas obras literárias.
A casa está oficialmente aberta ao público para visita, encontra-se no Jardim Botânico do Porto. Nela encontra-se o Museu da História Natural e da Ciência, um dos polos da Universidade do Porto.


Fonte: https://www.google.pt/search?q=casa+museu+Andresen&
Recomendamos uma visita à casa Andresen para comemorar os 100 anos de Sophia de Mello Breyner :)
Ou podem consultar http://centenariodesophia.com onde encontram vários eventos em sua homenagem! 

Fontes: Revista Visão, http://centenariodesophia.com.

4 de fevereiro de 2019

Fazer o que nos apaixona - Os mitos e a realidade

Passamos a vida a ouvir: "o que queres ser quando fores grande?" e quando crescemos passamos a ouvir: "o que fazes?". O que é mais estranho é que sabemos logo que estas perguntas se referem à nossa profissão, apesar de não serem explícitas quanto a isso, como se nós fossemos o que fazemos apenas profissionalmente. 

Já me tinha questionado muitas vezes sobre isto, mas ao ouvir um podcast dos americanos "The Minimalists" pensei de uma outra forma no assunto. E, se em vez de respondermos sobre a nossa profissão, respondermos sobre aquilo que nos apaixona. Imagina o seguinte diálogo: 
"- Então, o que queres ser quando cresceres?
 - Hmmmm, sabes, hoje em dia estou fascinado com ornitologia e Fortnite. Ando apaixonado por isto e tenho perdido várias horas a pesquisar o assunto..."
Não achas que torna as coisas menos definitivas e que não nos reduz a uma profissão?



Na sequência de pensar nesta abordagem pensei nisto de nos apaixonarmos por alguma coisa e depois dedicarmos tempo e parte da nossa vida a isso. Existem tantos mitos associados a trabalharmos naquilo que gostamos. Muitos dizem: "Faz aquilo que gostas e não terás que trabalhar um dia na vida!", e eu discordo tanto. Eu gosto muito do que faço, mas nem tudo são rosas. Para fazer o que gosto existem muitas coisas que não gosto. Não gosto de burocracia, finanças, segurança social, fazer telefonemas... mas são coisas que tenho que fazer todos os dias. Ou seja, faço o que gosto na maior parte do tempo, mas há dias difíceis e haverá sempre, em qualquer vida! Nem tudo corre ao nosso gosto e há sempre assuntos aborrecidos que temos que resolver. 

O que podemos ir fazendo é olhar para o que estamos a fazer e adequar o máximo que consigamos ao caminho que temos que percorrer para chegar onde queremos. E sempre que sintamos que estamos a sair do nosso trilho podemos olhar para os nossos objetivos e refletir sobre o que andamos cá a fazer. Em dias menos bons, em alturas de testes, quando o estudo dá cabo de nós, podemos sempre pensar: "porque é que estou a fazer isto?" e a resposta nem sempre é óbvia... Nessas alturas é bom falar com um amigo (da tua idade ou mais velho, que já tenha passado pelo que estás a passar) e desabafar. Não temos que andar sempre felizes e divertidos! 



Concluindo: podemos fazer o que nos apaixona, mas não vamos sentir que todos os dias sejam espetaculares, há sempre coisas que gostamos menos. Temos que ir ultrapassando esses dias e ir construindo um eu cada vez mais próximo daquele que queremos ser, questionando as nossas decisões durante o caminho. Acredita que TODOS passamos pelas mesmas dificuldades e às vezes falar com outras pessoas sobre isso ajuda.

18 de janeiro de 2019

Dia Internacional do Riso - 18 de janeiro


Hoje é ........ o dia Internacional do Riso :)


Comemora-se hoje, 18 de janeiro, o dia Internacional do Riso! Dia este que a Maria Explica achou importante dar destaque. Isto porque o riso é um comportamento humano que traz bem-estar às pessoas.
Aqui na Maria Explica trabalhamos a sério mas, também rimos muito, também fazemos brincadeiras e descontraímos em alguns momentos. Este facto faz com que a relação entre os explicadores e os alunos seja mais natural e sincera, bem como o ambiente de trabalho seja mais descontraído. Não rimos uns dos outros mas, rimos em conjunto.
Fonte: https://www.facebook.com/RadioComercial/photos/a.97087019616/10157371707929617/?type=3&theater

Destacamos aqui algumas vantagens de rir (do nosso ponto de vista, nada que comprovamos cientificamente :p)

Reduz o stress (ficamos mais descontraídos);
Fortalecimento abdominal (dá cá umas dores na barriga);
Estímulo da criatividade;
Criação de laços com outras pessoas;
Dormir melhor;
Faz-nos ficar felizes e de bem com a vida!

Ria como se não houvesse amanhã!!! :)

Sugestão: Veja um filme de comédia com os seus filhos ou vá ao teatro 

7 de janeiro de 2019

A Maria Explica

Hoje decidimos falar um pouco sobre o que é e o que dispõe a Maria Explica...

A Maria Explica é um Centro de Explicações localizado num cantinho da nossa linda cidade da Guarda. 
Somos ainda um projeto em crescimento, mas que, com o apoio de todos os intervenientes, vai crescendo a cada dia.
Quanto ao espaço dispomos de três salas de trabalho, duas casas de banho e uma receção. Podemos dizer que estamos bem servidos quanto ao conforto e... ainda temos esta vista maravilhosa!!!



O que pode esperar da Maria Explica?

Um ambiente acolhedor, como se estivesse em família...
A relação dos alunos com os Explicadores é muito positiva e muitos deles sentem-se na 2ª casa, duvidam? 
Venham espreitar :)

Atualmente a Maria Explica tem:

  • Papelaria (para todo o público);
  • Explicações de Matemática (até ao 12º ano);
  • Explicações de Fisico-Química (até ao 12º ano);
  • Explicações de Biologia e Geologia (secundário);
  • Apoio ao Estudo (até ao 6º ano);
  • Serviços da Serveasy

4 de janeiro de 2019

No dia de Reis faça o seu Bolo Rei


É já no próximo domingo, dia 6 de janeiro que se comemora o Dia de Reis! O dia em que “nuestros hermanos” abrem os presentes. É o dia em que o presépio e a árvore de Natal voltam para as suas caixas aguardando um próximo Natal... Este é também o dia do Bolo Rei marcar presença nas nossas casas.

Esta é uma tradição cristã que remonta ao séc. VIII, de origem bíblica, que celebra o dia em que o menino Jesus recebera a visita dos três magos … Belchior, Gaspar e Baltasar … foram estes que levaram presentes ao menino Jesus: o ouro, a mirra e o incenso!



Em Portugal, a tradição manda que na noite de 5 para 6 se cantem as Janeiras (cantares tradicionalmente religiosos), de porta em porta, recebendo em troca algo, que vão desde comida a dinheiro.

Além disso, come-se o famoso Bolo Rei que, até recentemente, tinha dentro dele uma fava ou um pequeno brinde de metal. Todavia, a hipótese de poder ser inadvertidamente engolido acabou com essa tradição.



Deixamos aqui uma das receitas do tão tradicional Bolo Rei como sugestão para fazer este fim de semana com os seus filhos :)

750g de farinha
120g de açúcar
120g de manteiga amolecida
40g de fermento padeiro fresco
2 dl de água morna
1 pitada de sal
3 ovos tamanho L
Raspas de uma laranja
160g de frutas cristalizadas picadas
200g de frutos secos picados (pinhões, amêndoa palitada, miolo de nozes picadas e sultanas)
3 c .s de aguardente
2 c. s de brandy
Manteiga para untar
Farinha para polvilhar
Ovo batido para pincelar

Decoração
Fatias de frutos cristalizados
Cerejas cristalizadas
Metades de miolo de nozes
Açúcar em pó

  1. Numa tigela, misture a fruta cristalizada com os frutos secos picados. Junte a aguardente e o brandy e misture bem. Deixe repousar.
  2. Noutra tigela, misture o fermento padeiro com a água.
  3. Deite a farinha em cima da mesa (ou bancada) e abra uma cavidade. Junte o sal, o açúcar, a manteiga, a raspa da laranja, os ovos e a mistura do fermento.
  4. Misture tudo e trabalhe bem a massa, até se descolar da mesa e das mãos. Junte os frutos, misture bem e trabalhe mais um pouco a massa, polvilhando com farinha (para se descolar da mesa e das mãos).
  5. Depois, faça uma bola com a massa e coloque-a numa tigela polvilhada com farinha. Cubra com um pano e deixe levedar em local aquecido até triplicar o volume.
  6. Em seguida, deite de novo a massa em cima da mesa polvilhada com farinha e trabalhe-a mais um pouco. Molde uma bola e faça-lhe um buraco ao centro. Depois molde um circulo, coloque-o no tabuleiro do forno, previamente untado com manteiga, e deixe levedar mais 40 minutos .
  7. Ligue o forno a 180º, pincele toda a massa com ovo batido e decore-as com os frutos e montinhos de açúcar em pó.
  8. Leve ao forno durante 40 minutos. Retire, deixe arrefecer e sirva.
Receita retirada de: www.chefermida.com/bolo-rei/